terça-feira, 11 de março de 2014

Do amor...

O amor tem muito que se lhe diga, todos o sabemos. E, de todos os aspectos teórico-prácticos deste tema, hoje venho falar-vos da duração do mesmo. Todos sabemos que apaixonar-se é muito fácil (às vezes demasiado). De um momento para o outro, por vezes num só segundo para quem acredita no amor à primeira vista, uma pessoa pode apaixonar-se por outra pessoa. Se há sorte e outros factores que não vêm a conto, e esse sentimento é recíproco, forma-se uma relação.
Agora vem o mais complicado, fazer com que esse amor dure. Tenho constatado ultimamente que é cada vez mais difícil conseguir com que as relações funcionem, sem fugir quando surge a primeira divergência, discussão, ou problema. Vejo, por experiencia própria ou de terceiros, que numa discussão aparece constantemente a típica frase “se não estás bem, acabamos” ou “se isto continua assim, acaba-se tudo”.
Às vezes penso na facilidade em que se pode acabar tudo, talvez por uma divergência de opinião e depois penso nos meus avós, e nos avós das pessoas que conheço; e também penso nos meus pais. Parece estúpido, mas dá-me a sensação de que as pessoas realmente sabiam falar e resolver os problemas, sem a ameaça de terminar com a relação. Conheço dezenas de histórias de pessoas que mantinham um namoro por cartas devido à distancia imposta por um trabalho ou pela tropa (nessa altura) e hoje em dia essas pessoas permanecem unidas. Não faltam casos de pessoas que celebram as bodas de prata, de ouro e, as outras, de platina e diamante se continuam juntos e vivos.
Hoje temos skype, facebook, whatsapp, e tantas outras formas de comunicarmo-nos quase instantaneamente e, contudo, tendemos à ruptura ao primeiro obstáculo. Será que namorar hoje me dia é algo tão banal que pensamos “bem, se não pensas como eu, venha outro”? 
Manter a chama acesa não é, de todo, uma coisa fácil, admito. No principio é a novidade e tudo (ou quase tudo) é um mar de rosas, mas depois chega um momento em que começamos a conviver com os defeitos e as partes que menos gostamos da outra pessoa e isso faz-nos pensar se vale a pena. Há pontos de vista diferentes, há discussões sobre coisas que são importantes para uma das partes mas irrelevantes para a outra; há a característica frase “já te disse que não fizesses isso”, “porque insistes em ser assim?”, “nunca vais mudar, pois não?”.
Sei perfeitamente que há coisas na outra pessoa que não gostamos e que sempre nos causarão essa comichão e essa pontinha de enfado. Porém, eu acredito que há pessoas que sim que valem a pena. Que há pessoas que conseguem fazer com que esse sentimento chamado amor, perdure dia trás dia, embora não igual ao que era ao princípio, pois amadurece com o crescimento e a descoberta pessoal de cada um e pode, realmente, tornar-se mais forte.


Acredito que há pessoas que amamos pelo que são e o que não; pelo que dão e pelo que não dão; pelas vezes que nos fazem sorrir e pelas vezes que nos fazem zangar; porque, no fim de contas são essas as pessoas que nos aquecem o coração e "pelas quais vale a pena derreter".

5 comentários:

  1. Sabes que é mais fácil mudar do que ficar e lutar. É mais fácil ter uma coisa noiva do que aprender a reutilizar a velha. Eu sempre fui do contra, por isso prefiro ficar e resolver o que há para resolver.
    Claro que nem todas as relações estão destinadas ao futuro, também cometemos erros a meio do caminho.
    Mas acredito que há uma pessoa certa para cada um de nós, e por essa pessoa vale a pena lutar.

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  2. Acredito que haja uma pessoa certa para cada um de nós. Basta ser paciente e aguardar que a pessoa surja :)
    Hoje em dia, parece que as relações são estranhas. Quer dizer, vejo namorados a discutirem por coisas mínimas e de repente terminam, passado uma semana estão com outras pessoas... para mim não tem sentido nenhum. Isso parece mais medo de morrer sozinho, em vez de estar com alguém de quem realmente se gosta.

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  3. Realmente hoje em dia à uma certa banalização das coisa e tanto num dia, do nada, se fazem juras de amor aterno, como no outro a seguir, já tudo se odeia. Acho estúpido isto.

    Mas também sou da opinião que as pessoas não devem ficar com uma pessoa, só porque sim. Se não estão bem, acho que fazem se não bem em mudar.
    Em relação aos avós e aos pais, e admito que falo um bocado pelo que vejo cá em casa, acho que não é amor. Pode haver amor é certo que o há, mas para mim, é habituação.

    Se nunca mudaram antes, apesar de tudo, vão mudar agora porquê? E para muita gente, quando há casamento, é obrigatório ser para a vida.

    Beijocas

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  4. Adorei o post. Realmente, há relações hoje em dia mesmo estranhas, que terminam por coisas mínimas e que me ultrapassam...é como se as pessoas não quisessem lutar por aquela relação, como se se tivessem fartado dela de um momento para o outro, arranjando assim um "pretexto" para lhe pôr um fim. Parece que é mesmo isso que acontece, já que, muitas das vezes, essas pessoas já estão com outras passado pouquíssimo tempo... Felizmente na minha relação nunca houve nenhuma ameaça de acabar por causa de uma discussão, e, quando as coisas estão menos boas, conseguimos sempre dar a volta por cima. Também acredito que há uma pessoa certa para cada um, e é por isso que faço o possível para não perder a minha "pessoa certa" =)

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  5. Tenho a mesma opinião que tu, aliás a mesma pergunta, a mesma dúvida de as relações de hoje em dia... acho que não existe aquela chama, aquele amor verdadeiro.. as pessoas banalizam tanto o sentimento que é lamentável mal uma discussão, a solução mais lógica para alguns é terminar e acabou por ali.

    Nestes casos, não há amor, poderia ter havido paixão, mas essa com o tempo apagou-se, o amor é o sentimento que vai fortalecendo as relações, bem como a amizade e complicidade entre o casal, sem isso, nada feito...

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Muito obrigado por comentares o meu cantinho :D